02 abril 2012

The Heartbeats of One Direction - XXX Capítulo


RAQUEL

  «Ano novo, vida nova!» é o que o pai nos diz a cada ano que passa. Este era o primeiro ano em que vivíamos numa casa só nossa e para que não bastasse: essa casa era no estrangeiro, mais propriamente em Londres. Vivia-mos numa casa que nos fora oferecida e muito bem pelos nossos pais, que sempre fizeram de tudo por termos uma vida aceitavelmente digna. Eu e a minha irmã apenas podíamos estar gratas a tudo o que a nossa família tem de bom; por sorte, nascemos no seio de uma família de boas posses, ambas possuímos uma herança espanhola por parte da nossa avó paterna, não seremos nós Inês Pérez Gonzales e Raquel Pérez Gonzales. Pena só podermos usufruir dela aos vinte anos, mas foi assim decidido pelo testamento deixado pela nossa querida avó Penélope.
  Estava demasiado alterada que nem cabia em mim de tão contente. Eu, pessoalmente, adorava festas assim, em convívio com bastante gente; sim, porque a nós as três vinham juntar-se os nossos pais; convidámos também a Vera e a Laura e como não podia deixar de ser: os One Direction. Eu e as três meninas estávamos vestidas elegantemente desta forma:
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  - Eu vou! – Gritava a Ana. A campainha suara e ela oferecera-se para ir abrir a porta. – Harry!
  - Olá, meu amor! – Este beijou a sua namorada com delicadeza, tendo em conta o batom que esta tinha colocado.
  - Eles chegaram? – Perguntava eu, da cozinha, onde acabava os preparativos para daqui a precisamente duas horas. – Zayn!
  - Olá, princesa! – Ele chegou-se a mim, agarrou-me pela cintura e beijou-me.
  - Lou… Louis?! – A minha irmã andava um pouco atarantada pois não fazia ideia onde parava o Louis…

INÊS
- Para a minha namorada: a mais linda do mundo! – O Louis ficara para último para me fazer uma surpresa.
- Que querido! – Tinha-me trazido um ramo bastante grande de rosas vermelhas, as minhas preferidas. – Que amor, obrigada!
- Ainda bem que gostas-te. – Parou um pouco e mirou-me. – Amor… Estás tão…
- Tão?!
- Tão linda!
- Oh… não digas isso, que eu fico já toda corada!
- Oh, não é por menos! – Sorrimos os dois e fomos juntar-nos ao grupo que já se aglomerava na sala de estar.
Eu tinha desaparecido. Fui num instantinho ao meu quarto buscar a jarra que lá tinha para a trazer para centro de mesa da sala de estar, onde colocaria as rosas oferecidas pelo meu namorado, quando senti uma presença estranha no quarto.
- Bu!
- Ain, Louis! Que susto…
- Ups, não queria assuntar ninguém… -Encostou-se á borda da cama, meio amuadinho. – Desculpa… - Admito: não consigo vê-lo tristinho, apesar de ser uma brincadeira, nem imagino quando for a sério, acho que chorava com ele. Para nós redimir-mos aos dois, cheguei-me até ele e acariciei-lhe a cara. De seguida baixei-me e beijei-o.
Quando dei por mim, estávamos os dois deitados na cama. Eu estava por cima dele, continuando a beijá-lo. De repente, sinto-o subir a sua mão pela minha perna a cima fazendo com que o meu vestido levantasse. Arrepiei-me um pouco.
- Louis, stop! – Fi-lo levantar-se. – Hoje não… - Ele compreendeu. Recompus-me e voltámos a descer.

ANA
 

  Estavam todos em redor na televisão enquanto eu vinha á cozinha buscar mais uns aperitivos e a última garrafa de champanhe.
   - What’s up? – Eles olharam para mim e tornaram a olhar-se um ao outro. Quase que apostava para o que se teria passado lá em cima, mas a Inês não se ia safar de uma conversinha…
  - Hum, nada. Porquê? – Falou a Inês.
  - Sim, pois… Vai mas é andando para a sala, vai… - Troçava-a.
  Ouviu-se o toque da campainha, quando avisto a Raquel a passar por mim em alta velocidade.
  - Eu abro! – Gritava pelo caminho. Inclinei-me para espreitar a ver se via quem era, era a Laura. – Laura? Vá lá, respira… Isso…
  - Nã… Não, acho que não consigo entrar! – Coitadinha, estava tão atrapalhada… Como eu a compreendia; até deixei cair o meu Iphone quando olhei para o Harry pela primeira vez.
  - Laura, não sejas tonta, vamos lá! Com o passar do tempo vais-te habituando ás suas presenças e já nem te vais lembrar que eles são…
  - …A banda mais famosa do momento! Como é que eu me podia esquecer disso? Espera: com o passar do tempo? – Falavam num tom muito baixo, quase em sussurro que só eu, mesmo junto á porta conseguia ouvir e não era na totalidade.
  - Quem é? – Questionou-se o Harry, farto de esperar.
  - Hum, nós já vamos! – Gritou a Raquel da porta, o que fez acelerar o coração da Laura.
  - Okay, vá, com calminha. – Esta respirava tão fundo que podia ouvir-se por toda a casa. – Hell… Hello!
  - Hey, Laura! – Disseram os rapazes num coro perfeito.
  - Ain… - A Laura soltou um gemido trémulo.
  - Respira… Isso… Com calminha. – Sussurrava-lhe a Raquel, ao ouvido.

LAURA
  Isto não me podia estar a acontecer. Parecia-me completamente surreal estar ali na mesma divisão com os meus ídolos preferidos. O Liam… Oh, não… O Liam… Ele… Ain, pá!
  - Olá, Laura. – O Liam tinha-se aproximado e vinha a sorrir para mim. Eu retribui-lhe um sorriso tímido.
  - Olá… Liam! – Sentia-me no céu! – Eu estou só um pouco nervosa, deixa-me acalmar-me. – Pedi-lhe; o Liam era o meu boy, aquele que, de todos eles, me fazia saltar de emoção.
  - Claro! Queres vir até ao jardim? – Perguntou-me.
  - Sim, vamos.
  Aproveitámos a ocasião e sentámo-nos no banco-baloiço que as meninas tinham no jardim. Adorava aquelas coisas.
  - Deixa-me dizer-te que estás muito bonita! – Elogiou-me.
  - Oh, obrigada! Tu também. – Pelos visto, a roupa que eu trazia fascinava-o:
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  - Obrigada. – Sorriu-me. – Sabes? Tu és muito bonita!
  - Oh, tantas emoções por hoje… Assim não aguento! – Demos uma gargalhada conjunta.
  - Então sempre queres seguir medicina dentária?
  - Não… Eu… Como é que sabes isso? – Questionei-me.
  - Calculei, já que és da turma da Raquel.
  - Ah, pois! Não, eu só entrei para medicina dentária, porque a minha média não chegava para o que eu queria realmente: medicina. Assim completo este ano como dentária e no próximo mudo de universidade.
  - Interesting! – Ele olhava-me com um ar tentador.
  - Então e vocês? Quando é que iniciam a próxima tour?
  - Ainda não anunciámos mas estará para breve. – Fez uma pausa. – Continuas nervosa?
  - Já não tanto… Falar contigo relaxa-me! – Regressávamos agora a casa, que realmente se encontrava um pouco mais quentinha.

VERA

  Ao dobrar a esquina que fazia a divisão entre a minha rua e a rua das gémeas, apercebi-me de que já aí se ouvia uma música vinda da mesma casa, onde se notava a presença de bastante gente com luzes ligadas e a fazer convite a quem passava perto.
  Tocava agora á campainha, enquanto dava os últimos toques no cabelo e na roupa, espero não dar muito nas vistas (não é nada que aprecie) com ela:
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  - Olá! – Disse eu, um pouco nervosa.
  - Olá, querida. Entra! – Convidava-me a Inês a entrar. – Oh, VANS!
  - O quê? Alguém gritou ‘’VANS’’? – Vinha a Raquel a correr até mim. – Nós a-m-a-m-o-s vans! A propósito: esses são lindíssimos!
  - Oh, obrigada! Os teus também, Inês!
  - Oh, estes não são nada de especial, espera até veres os que temos lá em cima!
  - Mal posso esperar! – Disse-o numa forma convidativa. Eu achava estas raparigas realmente simpáticas e mal sabia eu que eram minhas vizinhas; é bom criar amizades quando se é novo numa cidade tão grande quanto esta. A Ana também era realmente simpática e divertida, agora encontramo-nos muito na escola, já que descobrimos que eramos colegas.
  - Vera! – Era o Niall que se aproximava, pegando-me na mão. Corei que nem um tomate. – Estás linda!
  - Oh, obrigada. – Fui rápida a cumprimentar o resto do pessoal. Encontrava-me agora sentada  no sofá enquanto via os rapazes a divertirem-se com o jogo que o Louis tinha recebido pelo seu aniversário: Just Dance 3.
  - Hum, Vera, não queres vir jogar comigo? – Perguntava-me o Niall.
  - Sim, pode ser. – Divertimo-nos imenso com o jogo, soltámos gargalhadas inesperadas. Ao fim de dez minutos de divertimento, o jogo havia chegado ao fim.
  - Ups, que pena! – Lamentou-se o Niall. – Acho que vou apanhar um pouco de ar, está um pouco abafado aqui.
  - Que não seja por isso. Abrem-se já as janelas! – Apressou-se a Ana a responder, enquanto abria a segunda janela.
  - Ana! – Surripiara-lhe o namorado, que naquele momento a puxara contra si, fazendo-a ver a cara com que ele a repreendia, mas de manso. Beijando-a de seguida, ternamente.
  - Hum, pois... – A Ana arrependeu-se.
  - Queres vir comigo?
  A pergunta destinava-se á minha pessoa. – Sim, vamos!
  Já lá fora, aproveitávamos e caminhava-mos um pouco nas traseiras do jardim. Espreitei o telemóvel e verifiquei que já só faltavam cinco minutos. De muito mansinho, senti a mão do Niall a aproximar-se da minha; pensei «não tenho nada a perder» e continuei. Seguíamos agora de mãos dadas, os dois bastante envergonhados, não me perguntei porquê, mas aquilo fazia-me sentir bem. Parámos.
  - Vera?
  - Sim, Niall?
  - Eu tenho uma coisa para te revelar…
  - Sim?
  - É que… Eu...
  - Hei, pombinhos? Falta um minuto, bora lá! – Gritava o Louis pela janela.
  - Sim, já vamos Lou.
  - Dizias? – Insisti.
  - Eu… Am…
  - Hum?
  - Eu… Am…
  - Desculpa, continuo sem perceber…
  Nisto, ele espeta-me um beijo repentino de que nem eu nem ele estávamos á espera. Foi como se os meus pés tivessem ganhado azas para que me sentisse a voar, quem me dera nunca mais descer á Terra. Aquilo foi… Uau! Enquanto nos beijávamos, suavam as doze badaladas ouvidas pelo grande Big Ben.
  - Eu amo-te, Vera! – Gritou-me o Niall, mas de uma forma ternurenta.
  - Eu também te amo!
  - A sério?
  - Sim, mas nunca tive coragem para o admitir!
  - Namoras comigo? – Perguntou-me.
  - Isso pergunta-se?
  Não dissemos mais nada durante os próximos minutos que se seguiram. Os únicos sons audíveis eram os dos nossos lábios a curvarem-se uns nos outros; juntando-se o som da algazarra sentida dentro de casa, com os festejos da noite.

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